Empresas que não focam o público gay serão alvo da Câmara de Comércio GLS do Brasil
A Câmara de Comércio GLS do Brasil quer literalmente tirar o mercado do armário e para isso vai montar uma verdadeira frente de batalha, no bom sentido, para chamar a atenção de grandes empresas para os projetos do segmento LGBT – conhecido como bom consumidor. A ideia é fazer com que os empresários ofereçam algum tipo de contrapartida, tenham algum compromisso com a causa, e não apenas recolham o lucro da venda de seus produtos.
A decisão foi firmada durante reunião na última quinta-feira, 25, no Casarão Brasil, em São Paulo, e prevê esse estreitamento de laços com a realização de uma feira de projetos LGBT, realizada inicialmente em maio, onde cada entidade expõe sua iniciativa para os grandes empresários que não fazem parte do universo GLS. É uma forma de, obviamente, expor o que está sendo feito de legal pela comunidade LGBT e tentar conseguir o apoio da iniciativa privada para isso.
“Apoiar esses projetos sociais é a contrapartida que as empresas devem oferecer por terem tantos consumidores LGBT”, aponta o presidente da Câmara, Douglas Drumond, completando ainda que apenas na estrutura física do Casarão Brasil estão reunidos pelo menos 30 desses projetos, como o teen Projeto Purpurina e o Comitê Desportivo GLBT (CDG). Ou seja, não devem faltar opções.
Para sensibilizar esses empresários que fazem campanhas para consumidores em geral, a Câmara de Comércio GLS quer começar sua ação pela gênese dos anúncios publicitários: as agências. A ideia é fazer uma campanha com as principais delas para contar com sua ajuda, e com o bom humor dos empresários, para conseguir fazer essa aproximação.
Mais abrangência
A iniciativa da Câmara reflete um momento importante para a comunidade gay: o movimento, em toda sua amplitude, deixa de atuar apenas com relação aos direitos humanos e à saúde e parte agora também para o lado econômico. A palavra de ordem é o business sempre, o que significa fazer marketing em conjunto, formar cooperativa de compras e pensar em se unir para participar de feiras internacionais, coisas antes restritas a um mundo onde não existia a diversidade sexual, apenas números.
“A Câmara de Comércio chegou ao Brasil atrasada, ela já existe no mundo inteiro. Isso é movimento político também”, pondera Douglas Drumond. Ele diz ainda que quem quiser participar das reuniões do grupo é bem vindo, pessoas físicas ou jurídicas, a única exigência é querer colaborar. As reuniões são realizadas a cada 2ª segunda-feira de cada mês, às 20h30, no Casarão Brasil (mas a proposta é realizá-las em breve de forma itinerante pela cidade). A próxima será no dia 12 de abril.
fonte: Mix Brasil
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