Os preservativos nunca estiveram tão em alta. Se, ao longo de 2009, o Ministério da Saúde distribuiu 465 milhões de unidades em todo o país, este ano, só para o período de carnaval, foram entregues a estados e municípios 55 milhões, um recorde. E vem mais por aí. A fábrica estatal, em Xapuri, no Acre, terá sua produção de camisinhas quase que triplicada, passando das 100 milhões de unidades atuais ao ano para 270 milhões.
Mas não por acaso. A CAMISINHA ainda é o método mais eficaz para prevenir gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis (as DSTS), hepatites e aids. Números divulgados esta semana mostram que os jovens estão entre os mais vulneráveis à doença.
Na faixa etária dos 13 aos 19 anos o maior número de registros de AIDS é entre as mulheres. E no grupo de 13 anos aos 24 anos, o índice é mais alto entre gays.
Preocupados com esses números, especialistas reforçam a campanha de incentivo ao uso de PRESERVATIVOS, disponíveis gratuitamente nos postos de saúde. E alertam: o produto deve ter selo do Inmetro. Caso contrário, os riscos aumentam. É preciso ficar atento também à data de validade do produto.
O ministério reconhece que não adianta apenas distribuir PRESERVATIVOS, é preciso incentivar o seu uso e ensinar tudo sobre o produto.
Daí a campanha "CAMISINHA. Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre".
O site www.usesempre.com.br foi criado justamente para atrair o público jovem, que participa via e-mail, twitter e Youtube. No endereço, encontramse informações sobre PRESERVATIVOS e DSTS.
- O PRESERVATIVO ainda é o método mais seguro contra DSTS e aids.
Só não dá para afirmar que é 100% porque é preciso usá-lo e armazenálo corretamente - diz Eduardo Barbosa, diretor adjunto do Departamento de DSTS, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Falta de hábito é um dos problemas Também a infectologista Mônica Lessa, coordenadora do ambulatório de DSTS do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), diz que o jovem, de maneira geral, é mais vulnerável a DSTS e à gravidez indesejada.
E incentiva o uso dos PRESERVATIVOS, especialmente nessa faixa etária: - Se a CAMISINHA tiver o selo do Inmetro, for bem armazenada e usada corretamente, as chances de algo dar errado, como rompimento, são poucas - garante Mônica. - O PRESERVATIVO é muito eficaz na prevenção de infecção por HIV, que depende do contato com o esperma.
O problema maior, segundo os especialistas, ainda é a falta de hábito.
Há pessoas que, quando bebem, esquecem de colocar o PRESERVATIVO; outras, com poucos meses de relacionamento sério, já acham que podem descartar a CAMISINHA. Isto é um risco.
A parceira ou parceiro às vezes parece saudável, mas pode ter alguma DST sem lesões e sintomas aparentes, mas passível de transmissão. A SÍFILIS, por exemplo, desaparece por um longo período, a pessoa não sente nada e tem uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo sem tratamento.
- Não existe prazo seguro para se relacionar com um parceiro ou parceira fixa sem CAMISINHA. Usar PRESERVATIVO deveria ser um hábito frequente, como colocar cinto de segurança. Tanto faz se você vai de carro à esquina de casa ou está na estrada - diz.
Resistência à CAMISINHA feminina ainda é grande
Com relação à CAMISINHA feminina, Barbosa reconhece que esse modelo tem pouco apelo. Há uma certa rejeição ao produto, que requer treino e tempo para colocar. E ainda é caro: cada unidade custa cerca de R$ 7. Porém é bem aceito entre mulheres soropositivas e profissionais do sexo, e em casos de mulheres que correm risco de abuso sexual por parte de parceiros.
Em caso de mal uso da CAMISINHA ou rompimento há o que fazer.
- Deve-se procurar o médico de confiança ou um posto de saúde para fazer a prevenção - orienta a infectologista Mônica Lessa. - Se necessário, ele poderá receitar a PÍLULA DO DIA SEGUINTE, usada em situações de emergência, e até drogas para prevenir, por exemplo, a infecção por HIV.
fonte: Agência de Notícias da AIDS
Nenhum comentário:
Postar um comentário