Um quarto de século, milhões de vítimas e algumas mudanças de comportamento depois, a cura da AIDS parece próxima. E o golpe fatal no vírus pode ser brasileiro. Um grupo de pesquisadores da USP começou seu estudo partindo de uma pergunta: por que algumas pessoas infectadas com o vírus demoravam mais de cinco anos para desenvolver a doença? A resposta acabou levando a uma vacina alternativa.
Diferentemente dos quase 200 tipos criados desde que o vírus foi isolado, há 25 anos, o protótipo trabalha só com partes imutáveis. A equipe focou oito anos de esforços nos epitopos, pedaços minúsculos, mas constantes, do antígeno, enquanto a maioria das vacinas pega proteínas inteiras do HIV. "Como o vírus modifica rapidamente, ele é capaz de escapar da maioria das vacinas", diz Edécio Cunha Neto, pesquisador do Incor, do Laboratório de Imunológica Clínica e Alergia da USP e chefe do grupo responsável pelos testes.
Com a ajuda de algoritmos, os cientistas identificaram 18 dessas regiões e começaram os experimentos. Os resultados: 91% dos pacientes soropositivos reconheceram os epitopos, e nos testes com camundongos as respostas foram semelhantes. Ainda há muito chão pela frente até o projeto tornar-se uma vacina de verdade. Até lá, aprecie a vida com moderação.
fonte: AthosGLS
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