sábado, 19 de dezembro de 2009

Peritos na Espanha fracassam na busca dos restos de García Lorca

Autoridades na Espanha revelaram nesta sexta-feira não ter encontrado os restos mortais do poeta Federico García Lorca durante buscas na cidade de Alfacar, no sul do país.

Acreditava-se que o poeta e dramaturgo - morto a tiros em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) por partidários do ditador de direita Francisco Franco - tivesse sido enterrado em uma vala comum juntamente com outras vítimas do conflito.

Mas, segundo as autoridades, escavações em colinas nos arredores de Alfacar, onde se acreditava que estivesse a vala comum, não encontraram "nenhum osso, pedaço de roupa ou cápsula de balas", de acordo com a Conselheira de Justiça da Andaluzia (região autônoma espanhola onde fica Alfacar), Begoña Álvarez.

A escavação buscava não apenas os restos mortais de García Lorca, mas também de outras vítimas da Guerra Civil.

Segundo analistas, muitos na Espanha agora duvidam que os restos do poeta possam um dia ser encontrados.

"Nenhum resto humano apareceu, nem outros sinais de valas da (época da) Guerra Civil", afirma um relatório de arqueólogos da Universidade de Granada.

Prisão e fuzilamento
Acredita-se que Lorca foi assassinado no dia 19 de agosto de 1936, quando ele tinha 38 anos. Ele havia sido foi preso na província de Granada (sul da Espanha), acusado pelo regime militar de ser subversivo e homossexual.

A prisão teria acontecido três dias antes da execução, e o escritor teria sido espancado e humilhado em público antes do fuzilamento.

Desde a criação da Lei da Memória Histórica, em reconhecimento aos mortos da guerra, os familiares dos fuzilados pelo antigo regime militar vêm recebendo ajuda do governo para desenterrar corpos, obter provas de DNA, fazer sepultamentos e conhecer os verdadeiros detalhes dos assassinatos.

A escavação em Alfacar estava ocorrendo há dois meses, cercada de medidas de segurança.

Lorca escreveu, entre outras obras, as peças de teatro Bodas de Sangue (1933) e A Casa de Bernarda Alba (1936).

fonte: G1

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