Baseada nos EUA, ela é a primeira iniciativa nesse sentido, criada a partir de um projeto da Associação Internacional para Educação Online K-12 (K-12 significa ‘do jardim de infância à 12ª série’, o equivalente aos Níveis Fundamental e Médio no Brasil).
David Glick, fundador da escola GLBTQ Online High School, trabalha como professor há 25 anos e é consultor de educação online desde 2003. Sua intenção é promover uma comunidade educacional segura e receptiva, que possa oferecer educação de qualidade para estudantes GLBTs. “Diversidade e educação multicultural são nossos maiores interesses”, afirma Glick.
Segundo a Pesquisa Nacional do Ambiente Escolar, realizada em 2007 nos EUA e publicada pela Rede de Educação para Gays, Lésbicas e Heterossexuais, nove entre cada dez estudantes GLBTs sofrem algum tipo de pressão ou discriminação na escola.
Mais da metade se sente insegura no ambiente escolar por causa das reações à sua sexualidade. Cerca de 32% admitiram faltar às aulas como forma de se proteger. Isso se reflete fortemente no rendimento: a média discente GLBT nos EUA tem notas cerca de meio grau abaixo das notas da população heterossexual.
O conceito de escola online para GLBTs foi lançado em novembro de 2008 e o setor de inscrições já recebeu dezenas de solicitações. A escola é aberta a estudantes de quaisquer origens étnicas, sociais e culturais.
O currículo incluirá, além das disciplinas comuns, estudos de gênero e sexualidade, história e política do movimento GLBT. Glick espera que sua iniciativa “ofereça um fórum seguro para debater assuntos que as escolas em geral evitam o quanto podem”.
A primeira escola GLBT presencial dos EUA foi fundada em Nova York em 1985. Criada para acolher estudantes GLBTs que sofriam exclusão em outras escolas, a Harvey Milk High School provou ter um excelente rendimento acadêmico. Em 2002, ela recebeu fundos extras do Estado e créditos totais no Ensino Médio.
fonte: Cena G
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