A geração que não vivenciou o drama da Aids antes do coquetel está cada vez mais exposta à doença por falta de campanhas e ações públicas.O alerta foi dado no 1º Encontro Carioca de Jovens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).
De acordo com Cléber Gonçalves, do grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, é preciso criar campanhas dirigidas para esse público. Pessoas mais velhas têm uma taxa de infecção declinante, enquanto que os jovens têm esse índice ascendente. Isso exige metodologias alternativas e inovadoras que revertam esse quadro"ressaltou o ativista.
O avanço dos remédios contra a Aids provocou nos adolescentes uma idéia de que a doença não é tão perigosa. O avanço da doença também acontece entre mulheres jovens lésbicas e bissexuais de acordo com os dados do Ministério da Saúde. A Coordenadora do projeto Laços e Acasos, Marcelle Esteves, confirma essas estatísticas.
"Existe essa falácia de que lésbicas e bissexuais são super-mulheres, que não transam com homens na maioria das vezes, e se sentem livres de todas as doenças. Isso não é verdade, porque elas também se contaminam" explicou Marcelle em entrevista para a agência Brasil.
Ao prolongar e reduzir os efeitos da doença, o coquetel criou uma máscara para a Aids. Os jovens surgem pós-coquetel e começam a ver a Aids com uma certa naturalidade. Existe uma banalização da doença e, com isso, uma maior negligência em relação ao uso do preservativo" alerta o integrante do grupo Arco-Íris, Cléber Gonçalves.
Por ser um dos principais destinos gays, o Rio de Janeiro, onde o Encontro foi realizado, precisa de mais atenção do poder público com relaçãoà Aids. A conclusão é da própria Secretaria Municipal de Saúde.
O representante da coordenadoria de Saúde Municipal, Fernando Zikam, disse que o prefeito Eduardo Paes, planeja criar um comitê de atenção aopúblico LGBT ainda sem dada para ser implantado.
fonte: AthosGLS
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